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Acadêmico: O Brasil Antenado

Acadêmico: O Brasil Antenado

 

Bibliografia Comentada:

O Brasil Antenado: a sociedade da Novela

 

 

Christian Godoi[1]

 

Através de um trabalho competente, em um texto por vezes elíptico graças à maleabilidade do objeto telenovela, a autora de O Brasil Antenado[2], Esther Hamburguer, renova o enfoque teórico dos estudos de recepção e faz de seu trabalho referência atualizada acessível dentro e fora do universo acadêmico, da mesma forma como são, entre tantos, Lins da Silva[3] e Nilda Jacks[4]. Enquanto tese de doutorado em antropologia, a obra apresenta um percurso bibliográfico culturalista bem fundamentado, através de expoentes dos estudos culturais.

Baseado nesse eixo paradigmático a introdução apresenta -- tendo como pano de fundo o homicídio da atriz Daniela Perez (filha da autora de telenovelas Glória Perez) -- não somente a participação das telenovelas na formação do imaginário popular, bem como a mobilização de autoridades e sociedade civil (poderia-se ter especulado os objetivos pelos quais estes se mobilizam) frente aos seus efeitos junto à opinião pública.

A leitura do texto surpreende ao apontar a tensão entre paradigmas distintos, como os utilizados até a década de 80 no Brasil (modelos funcionalistas ou frankfurtianos) e seus resultados confrontados com pesquisas fundadas sob novas perspectivas teóricas. Os primeiros restringem-se ao empirismo clássico ou à crítica marxista por vezes mal interpretada, analisando a recepção a produtos mediáticos televisivos através de números ou alçando-a à categoria de dominada ideologicamente.

O Brasil Antenado perfaz uma trajetória desde os primeiros passos na utilização de metodologias antropológicas para entender como “ver televisão está entre as múltiplas atividades que constituem a vida cotidiana dos telespectadores” (p. 16). Nessa perspectiva as pesquisas não devem “se limitar a questionários e outras técnicas quantificáveis, devendo envolver observação de campo e a imersão do pesquisador no universo pesquisado” (p. 17). As escolas de comunicação abrigam, a partir daí, as “etnografias de recepção” para efetivarem a leitura dos pioneiros em estudos televisivos.

Mostra-se então que um elemento complexo como os produtos televisivos, dependente de inúmeros processos para que se efetive, não se resume na emissão e suas intenções. “A diversidade de significados está situada no pólo da recepção”, ou seja, ainda que se construam mensagens condicionantes, o condicionamento somente se daria se as interpretações dessas mensagens fossem idênticas. Ignorar-se-ia então toda a carga cultural através da qual se formam as audiências, até mesmo da cultura televisiva, donde se extraem matrizes de representação para apropriação e reapropriação de informações pertencentes ao mundo vivido.

Não demoraram críticas aos modos operacionais e epistemológicos através dos quais se exprimiram os resultados, afinal através dessa nova perspectiva dos estudos culturais os programas televisivos podem adquirir inúmeros significados, reduzindo assim a relevância do texto ou da obra audiovisual. Os estudos culturais, no entanto, se fortalecem na possibilidade dialética com textos críticos, donde forma seu conjunto teórico-metodológico (ainda que impreciso para alguns). É exatamente sobre o estudo dessa tensão entre o produto mediático telenovela e o significado dele para o receptor através de suas construções cotidianas, observadas por Hamburguer, que versa a presente resenha.

 

1. Revendo a história e as teorias

 

A riqueza do primeiro capítulo se concentra na retrospectiva da contribuição acadêmica sobre telenovelas e na movimentação sócio-cultural que se dá a partir da integração da TV ao cotidiano da população brasileira. Nessa parte apresenta-se o histórico dos folhetins e a importância dos profissionais que deles se ocupam, bem como a gênese da convivência mediática com os conflitos morais do período da ditadura.

O livro mostra como a reconfiguração de alguns gêneros televisivos, para servir a propósitos políticos durante o regime militar brasileiro, acaba criando a máquina mais eficiente de produção de folhetins televisivos da América Latina: a Rede Globo de Televisão. O mais surpreendente é que ao contrário do que sugere o senso comum, as telenovelas não carregam em si, na década de 70 (quando se consolidam junto a audiência), discursos reacionários da então direita política; pelo contrário, a resistência presente no texto de alguns autores ligados à esquerda faz com que novelas sejam censuradas e proibidas de ser veiculadas, mesmo estando com inúmeros capítulos gravados. Dessa forma os folhetins se tornam referenciais junto a pesquisadores (europeus e norte-americanos) da indústria cultural na América Latina, que passam a observar “elementos autenticamente locais, produzidos na base da sociedade”, bem como a ausência (ou minimização) da pasteurização de repertórios com conteúdos externos (como os hollywodianos) ao universo de construção de sentidos[5], alguns ainda observam a crítica ao regime militar registrada pelos folhetins.

Contrariando o discurso acadêmico brasileiro, de dominação cultural através do poderio televisivo, o que se pôde perceber é a possibilidade de ampliação de horizontes dos habitantes que, até o início da década de 80 vivem à parte das inovações tecnológicas, e das transformações sociais e políticas do mundo e que a ele se conectam, naquele momento, graças aos produtos televisivos quando estes passam a participar efetivamente de seus dia a dia[6], ainda que isso acarrete a redução da sociabilidade local. Revendo discursos ultrapassados (graças em parte à observação desses fenômenos brasileiros), os Mattelart, por exemplo, encontram na telenovela um caminho para “problematizar modelos de articulação entre economia e ideologia, sociedade civil e setor privado”(p. 24), em suma: concluem a possibilidade de fazer produtos de qualidade em emissoras privadas. A observação desses fatores, em especial por pesquisadores externos ao universo brasileiro, possibilita o questionamento do radicalismo instituído no cenário acadêmico nacional, no qual as telenovelas teriam se constituído em mecanismos eficientes de alienação e legitimação de uma ordem social injusta, como se esse processo fosse possível graças ao simples reflexo do universo diegético (o mundo criado dentro das telenovelas, vivido pelas personagens).

Aspectos morais são outro elemento de fundamental importância para a observação das relações público/folhetins. Enquanto o mundo sofre transformações econômicas e culturais gigantescas, o Brasil, encerrado no milagre econômico dos anos 70, fechado à importação de bens de consumo e sob o ufanismo desenvolvimentista militar, enfrenta conflitos de uma sociedade católica moralista, bem como a reivindicação por emancipação das minorias, que se chocam com temáticas sexuais, de reestruturação familiar, de posicionamentos de raça, apresentadas pela TV. Paralelamente a isso é possível constatar o nascimento de novos modos de relacionamento de consumo tendo como vitrine, não mais as galerias do flaneur parisiense de Benjamin, nem tão somente as vitrines das lojas debruçadas nas calçadas (em um período pré-shoppings), mas as telas coloridas que possibilitam a reconstituição dos imaginários ao abrir a possibilidade se inserção de algumas classes sociais em universos antagônicas aos seus. O despertar de desejos de liberdades (político/sociais, do divórcio, do aborto etc.) conflita com o mundo familiar vivido/idealizado, ou mesmo recalcado. A TV se mostra então como espaço de debate sobre assuntos de reposicionamento moral. E isso não acontece de forma espontânea, a censura à programação televisiva por parte do governo militar obriga à uma auto-censura dos próprios veículos de comunicação, que, em parte aprimoram-se para evitar problemas junto ao Estado.  

A responsabilidade por essa fase em que as telenovelas (e as emissoras) não só se desenvolvem, mas na qual também passam a tornar-se um produto extremamente rentável pode ser creditada a dois fatores, segundo Hamburguer: o nível dos profissionais que nelas se debruçam para garantira a qualidade e o investimento em metodologias de pesquisa.

 

2. Pesquisa e desenvolvimento

 

A necessidade da manutenção da audiência, para fins comerciais, gera processos originais, como mostra a autora, de investigação do comportamento do público frente às produções televisivas.

Se se olhar a partir da produção, e mais profundamente, da idealização dos folhetins, perceber-se-á a militância de inúmeros autores em partidos políticos avessos ao regime ditatorial. Essa postura revela uma tensão conceitual entre pesquisadores da recepção, em especial entre estrangeiros e brasileiros. Para Hamburguer, “Michele e Armand Mattelart, por exemplo, caracterizam os autores de novelas como intelectuais orgânicos”(p.41), em oposição aos estudiosos brasileiros, que negam a possibilidade de transferência da visão crítica dos autores dos folhetins para a audiência. Donde pode-se observar uma contradição relevante, pois se um medium como a TV tem tanto poder de influência por que ela não se concretizaria também como forma de conscientização?

A autora apresenta como a indústria televisiva aprimorou metodologias eficientes de observação do receptor, antes dos pioneiros da pesquisa dos media tupiniquins. O principal responsável por esse avanço nos meios de comunicação é Homero Sanches. “El Brujo”, como ficou conhecido, fundou o Departamento de Pesquisa da Globo, em 1971 e o dirigiu até 1982, sempre deixou claro que a sociologia é o fundamento de seu trabalho. A atualização bibliográfica externa, participação em associações internacionais da área e o conhecimento de produtos de inúmeros países foram a garantia de seu sucesso junto à emissora.

Os índices de audiência apresentados pelos institutos de pesquisa como o IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) são um referencial para o departamento comercial, entretanto as pesquisas qualitativas, quantitativas e grupos de discussão, por exemplo, somados à constante redefinição das classes sociais de acordo com a mobilidade da estrutura econômica nacional, tornam-se instrumentos infinitamente mais eficientes para a definição dos caminhos a serem seguidos pelos autores das telenovelas. O Brasil Antenado mostra, através desse conjunto, por exemplo, que os folhetins são elaborados para a classe C, mas a audiência flutua em todas as camadas sociais em maior ou menor escala, dependendo da identificação com determinado núcleo dos personagens apresentados pela novela.

A mensuração precisa da audiência é praticamente inviável, pois algumas categorias, ou mesmo o gênero masculino (que já foi responsável por 40% do público e hoje se mantém na casa dos 30%), não assumem assistir os programas. Vale observar que a participação de cada núcleo (ricos, pobres, jovens etc.) é, em geral, proporcional à sua representatividade na audiência. É certo, no entanto, que ao menos duas classes (A e D – não são fiéis à novela por priorizarem outras possibilidades de entretenimento) deixam de se tornar referenciais como consumidores desse tipo de programa, que dessa forma torna-se em parte excludente. É ainda necessário levar em conta o local onde são efetuadas as pesquisas: Rio de Janeiro e São Paulo são os grandes moduladores do perfil da audiência (seja enquanto público, seja enquanto fontes de informação para as articulações na trama), mantendo-se como referência junto as outras praças de abrangência da emissora que tomam as duas cidades para atualização de moda, música ou linguagem.

 

3. Do imaginado ao real

 

Se de um lado O Brasil Antenado, no capítulo 3, complementa os problemas metodológicos dos modelos de pesquisa adotados no capítulo anterior, que vão desde a exclusão do papel do homem na audiência, até a importância das telenovelas para classes mais baixas (que através desses programas aumentam o repertório de conhecimento); por outro lado explicita que “a novela é dos raros textos consumidos por cidadãos pertencentes às mais diversas classes sociais, um repertório privilegiado para mediar as diferenças”(p. 73), é o momento em que o sujeito/receptor se inclui num universo compartilhado com milhares de outros espectadores  e que, curiosamente, torna-se espaço onde se reforçam os valores morais de um mundo idealizado (quando essa idealização não acontece pode gerar antipatia do público).

Os números de audiência foram diminuindo ao longo das duas últimas décadas, isso contudo, não representa queda de popularidade dos folhetins, mas deve-se sim ao aumento do número de televisores espalhados pelo país, somado à variedade de produtos concorrentes (TV a cabo, por assinatura, novos canais de TV aberta). Uma leitura mais atenta, contudo, vai  sugerir “dificuldades na criação de representações adequadas à diversidade da sociedade brasileira que emerge no fim do século XX.” (p.76)

É curioso observar como a exclusão de classes mais baixas nas pesquisas torna-se elemento paradoxal: a telenovelas são construídas – a partir dos resultados das pesquisas -- para classes BC, consideradas exigentes; no entanto são assistidas também pelas D e E, que devem aprimorar-se ao menos gramaticalmente para participar da trama. Os folhetins geram assim uma relação pedagógica junto à audiência[7]. Cada público relê a trama à sua maneira e aproxima o universo diegético de seu universo real como mostram duas entrevistas, realizadas pela autora, com donas de casa que reconhecem elementos (no caso, objetos e lembranças) semelhantes aos constituintes em seus cotidianos. “Nessa busca, o mundo do espetáculo aparece como uma via de realização social-profissional possível”, complementa a autora.

 

4. Para ler novelas

 

Historicizar novelas (tornando-as objetos históricos) torna-se uma tarefa extremamente descritiva, principalmente pela necessidade de manter também sua existência dentro de um universo próprio (ou seja, têm-se inúmeros tempos e espaços). Ao executar essa tarefa, fazendo a leitura textual, por vezes mesclando o discurso culturalista com modos de interpretação através da semiótica, o capítulo 4 demonstra, num primeiro momento, o contexto onde se inserem Irmãos Coragem e Selva de Pedra (em suas duas versões): os anos de chumbo de um Brasil dominado pelas forças armadas, na década de 70; e em uma segunda versão Selva de Pedra, já na década de 80, têm-se a mudança do panorama sócio-econômico, dado o início da abertura política. As transformações culturais agora vinculadas escancaradamente ao mercado fazem das telenovelas o espaço de pertença de algumas camadas, em especial das que se colocam enquanto “moderninhos” – nesse período novas tecnologias passam a possibilitar inovação das linguagens visuais, da estética na composição das vinhetas, da edição, da velocidade das imagens de cada programa.

Enquanto caubóis e coronéis compõem o embate no universo de Irmãos Coragem, o conflito entre dois irmãos (um, rico e poderoso, o outro, um pregador fanático) é o foco de Selva de Pedra, que ainda apresenta um segundo casamento de um personagem supostamente viúvo (que não estava), com isso suscitando a interferência da censura graças a configuração de bigamia, ainda que sem intenção (donde percebe-se a operação de intervenção do poder público no universo diegético, como se o crime fosse real). A vitória da moral é o elemento que vai caracterizar o final de ambos os folhetins.

A seguir, já em Roque Santeiro e Vale Tudo, apesar da já maturidade televisiva, inúmeras fórmulas de sucesso folhetinesco se repetem, mas com alguns acréscimos que as enriquecem. Coronéis disfarçados de políticos e moralismo contraposto ao cinismo e à ironia em uma; a ambição de um personagem e o suspense de um assassinato (que acaba gerando manchete da Folha de São Paulo: “O país descobre hoje à noite quem matou Odete Roitman”), somam-se à desesperança nacional em outra. Assim, em pleno dezembro de 1988, vê-se os próprios media enredados na trama do universo diegético, este cada vez mais configurando-se em “arena de problematização da nação” (p.116). Isso faz com que o próprio autor (Gilberto Braga) manifeste o temor de que a novela estivesse “‘desviando’ a atenção da vida pública”.

 

5. Novos olhares

 

O Brasil Antenado deixa claro que a novela “das oito” torna-se palco de manifestação dos problemas nacionais, valorando ainda mais seu espaço e movimentando outras emissoras que criam novas formas de combater a Rede Globo no horário nobre: na década de 90 a Rede Manchete com a novela Pantanal, e o SBT que se assume definitivamente como uma emissora popularesca com o Aqui Agora (jornalístico que modificou o conceito de telejornais em todas as emissoras, inclusive da Globo). A era Collor, do luxo ao lixo, passa pelos media tendo como pano de fundo a minissérie Anos Rebeldes, considerada por alguns o motivo do engajamento de jovens “caras pintadas”. Na década de 90, Explode Coração problematiza as crianças desaparecidas; De Corpo e Alma encoraja a doação de órgãos; O clone traz à tona o problema com drogas; O Rei do Gado, em 97, garante visibilidade para o Movimento dos Sem Terra e leva a discussão sobre a reforma agrária para a esfera do debate em âmbito federal, através da oposição à temática do folhetim pela UDR (União Democrática Ruralista). Essa revisão histórica enriquece a pesquisa de recepção, não somente pelo resgate dessas obras que compõem o cenário cotidiano nacional, como também representam um pouco do imaginário de um povo que, diferentemente dos europeus ou norte-americanos, criou um ambiente no qual pode compartilhar da experiência de pertencimento, o debate de temas privilegiados e recorrentes.

No sexto e último capítulo têm-se a síntese dos resultados das inúmeras metodologias aplicadas nos estudos de recepção de telenovelas, incluindo a revisão dos postulados frankfurtianos de Adorno a Benjamin, funcionalistas lazarsfeldianos, que se mostram eficientes também como postos de observação e reflexão sobre o universo denso do receptor, bem como, através de sua atualização, possibilitam a manutenção da postura crítica de autores e produtores em contraste com o mecanismo capitalista da indústria cultural.

Cabe ressaltar, inclusive como um dos principais resultados de O Brasil Antenado, “a disjunção entre o universo de consumidores definidos pela indústria como alvo privilegiado de sua programação principal, em função de seu poder aquisitivo, e o universo de pessoas que assiste aos programas”(p. 159). O Brasil imaginado pelas pesquisas de mercado difere consideravelmente do Brasil apresentado pelo IBGE; não por acaso, pode-se confirmar, através da leitura do livro, no que se refere ao público receptor de produtos televisivos o país formou “antes o consumidor que o cidadão”.

É bom lembrar, como o faz Hamburguer, que “a disputa entre emissoras e entre veículos de informação e entretenimento faz da busca de audiência um motor da atividade televisiva” (p. 158). E a essa conclusão soma-se toda possibilidade do encontro de mediações, ainda que a telenovela, objeto desse estudo, seja vista pelo público menos favorecido como um produto elitista, como vista pelo homem como um produto feminino, é fato que para muitos ela representa à sua maneira, um espaço de inclusão social, ou fonte de informação privilegiada. O título de um trabalho de Sousa[8] encerra em si o sentido da busca de O Brasil Antenado: o sujeito, o lado oculto do receptor.

 



[1] Christian Godoi é mestrando em Comunicação pela ECA/USP e professor nas Universidades Santa Cecília e Monte Serrat, em Santos.

[2] Hamburguer, Esther. O Brasil antenado: a sociedade da novela. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 2005.

[3] Lins da Silva, Carlos Eduardo. Muito além do jardim botânico. São Paulo: Summus, 1985.

[4] Jacks, Nilda. Querência: cultura regional como mediação simbólica – um estudo de recepção. Porto Alegre: UFRGS, 1999.

[5] Rowe, William e Vivian Schelling. Memory and modernity: popular culture in Latin América. Londres: Verso, 1991.  Vale a citação de outro autor preocupado com essas observações: Vink, Nico. The telenovela and emancipation: a study on television and social change in Brazil. Amsterdã: Royal tropical Institute, 1988. In Hamburguer, p.23

[6] Kottak, Conrad. Prime time society: na anthropological analysis of televison and culture. Belmont: Wadsworth, 1990. Idem, p.24

[7] Herzog, Clarice e Lea Chagas Cruz. A novela na família X a família na novela. 1993. Mimeo. Ver ainda  Ondina Fachel Leal. A leitura social da novela das oito. Petrópolis: Vozes, 1986.

[8] Sousa, Mauro Wilton de. Sujeito, o lado oculto do receptor. São Paulo: Brasiliense, 1995.